segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Joe Quesada fala sobre importância da Guerra Civil no Universo Marvel

Executivo diz que a editora se beneficia com HQs corajosas nas épocas dos filmes



Enquanto a Marvel Comics se prepara para encerrar Guerra Civil 2, que atualmente está na sua quinta edição (de oito), o diretor criativo da Marvel Entertainment, Joe Quesada, relembra a importância da primeira Civil War para o universo de heróis da editora.

Segundo Quesada, o sucesso da saga, publicada entre 2006 e 2007, logo antes da estreia do primeiro Homem de Ferro nos cinemas em 2008, ajudou a convencer a Marvel de que os eventos dos quadrinhos não precisam ser amarrados durante os lançamentos dos filmes para "preservar" os personagens.

"Eu lembro de trabalhar na DC no começo de carreira, fazendo coisas de Batman [em 1992], e o filme ia sair, e tinha muito aviso que chegava vindo de cima para a DC, dizendo para tratarmos Batman com cuidado e não matar o personagem, não fazer nenhuma burrada, porque vinha um filme aí. Eles queriam se certificar de que nada mudaria demais", alfineta Quesada.

"Do outro lado, para nós, tínhamos filmes vindo - Capitão América, Vingadores - e realizamos Guerra Civil, em que Tony Stark era percebido como um vilão e Capitão América terminaria morrendo. No fim essas histórias ajudaram, por mexer nas coisas e fazer as pessoas se preocuparem. O Homem de Ferro não era um nome forte na casa, e de repente você tinha esses personagem cuja ética e moral era questionada pelas pessoas. Logo os nossos roteiristas em todas as suas séries acharam Tony Stark tão fascinante que ele acabou aparecendo em toda série da Marvel só porque era um personagem rico naquela época, porque temos gravidade para ele, mesmo se você não concordasse com ele", diz Quesada. Estrategicamente o executivo não leva em consideração a expectativa em torno do filme do Homem de Ferro como justificativa para essa súbita onipresença de Tony nas séries.

"E então a morte do Capitão América trouxe a nós a ideia do Soldado Invernal, graças a Ed Brubaker, e isso no fim acabou elevando o Capitão. Nunca vou esquecer que na Comic-Con de San Diego fiz um painel perguntando ao público, quando Capitão estava morto, se eles gostariam que Steve Rogers voltasse, e a audiência explodiu. Eu perguntei quantos ali gostariam de ver Bucky permanecendo como Capitão América e a ovação foi tão barulhenta quanto", completa.

A próxima edição da saga, Civil War II #6, sai nos EUA em 5 de outubro.

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