terça-feira, 22 de novembro de 2016

Rogue One: Uma História Star Wars | Gareth Edwards fala sobre os vilões e as inspirações de guerra no filme

Diretor também comenta sobre jogadores de basquete que foram usados para tornar deathroopers mais ameaçadores



Em entrevista coletiva na Cidade do México, o diretor de Rogue One: Uma História Star Wars, Gareth Edwards, falou sobre suas ideias para os vilões do filme e as inspirações em conflitos de guerra reais. O inglês também brincou sobre a "continuação" que vem aí.

O conceito dos deathtroopers, o esquadrão que acompanha o Diretor Orson Krennic, partiu de uma piada recorrente da saga: "Todo mundo brinca que os stormtroopers não sabem mirar bem, e queríamos ter no filme uma ameaça que pudesse te perseguir e te matar mesmo. Sempre que você monta um stormtrooper ele parece bem pesado, desde as botas, e tentamos achar jogadores de basquete bem altos e magros que pudessem usar os trajes dos deathroopers, e colocamos pouca armadura para eles não parecerem tão robustos e sim mais atléticos e esguios".

Sobre as partes de batalha campal no longa, Edwards conta que o imaginário da guerra já estava presente no filme de 1977. "Muitas das inspirações de George Lucas vieram da Segunda Guerra Mundial, e quando eu fui ver os objetos de cena que poderia aproveitar neste filme eu achei que fossem relíquias reais da Segunda Guerra, mas eram as armas dos troopers originais. Star Wars é particular porque não trata só de fantasia e ficção científica, mas pega emprestado fatos históricos também. Cenários de batalha no Vietnã, no Pacífico Sul, e no Oriente Médio foram algumas das bases visuais que buscamos para o filme".

Em relação ao principal vilão do filme, Edwards comenta como fez para diferenciar Orson Krennic de figuras militares conhecidas da franquia, como o Grand Moff Tarkin. "Primeiro, você escolhe Ben Mendelsohn para o papel", diz. O diretor comenta que quis jogar com a familiaridade: "Quando Darth Vader aparece no primeiro filme, ele chega de capa preta, cercado de troopers brancos, e na abertura do nosso filme Krennic surge em cena de branco, cercado de troopers pretos".

"Como sou inglês, sei que sempre que o Império tem uma vaga sobrando eles vão até uma companhia de teatro shakespeareana atrás de um novo vilão, isso já foi feito algumas vezes e eu queria fazer de um jeito diferente. Gosto da ideia de que o Império é organizado hierarquicamente como uma estrutura de classe, porque vivemos isso um pouco na Inglaterra, e Tarkin provavelmente seria o tipo saído de Cambridge ou Oxford, enquanto Krennic tem meio que uma origem de classe trabalhadora", continua.

"Ben abraçou essa ideia, e queríamos um ator que fosse meio doido mesmo, porque mesmo que [Krennic] fosse controlado e determinado nós vemos que a qualquer momento ele pode surtar pra cima de você. Ben tira isso de letra. Ele é o melhor cara do mundo e é divertido demais quando está no set, mas ele sempre te deixa no limite e sabe ser muito intimidador quando ele quer. Ele é perfeito para o papel e nunca cogitamos nenhuma outra pessoa, desde o começo", completa.

Mais adiante, quando questionado sobre o futuro da franquia, Edwards brincou com a cronologia da saga: "Não sei se posso falar muito, mas faz duas semanas que ouvi um rumor de que farão uma sequência de Rogue One. Vai ser dirigido por George Lucas e mostrará um jovem Luke Skywalker. Não quero estragar nada aqui para vocês, mas vai ser muito dificil esse filme superar o que fizemos em Rogue One".

Rogue One: Uma História Star Wars chega aos cinemas em 15 de dezembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário