Atriz comentou casos de violência policial que chamaram atenção no noticiário norte-americano
Danielle Brooks, a Taystee de Orange Is the New Black, ganhou destaque na quinta temporada da trama após liderar a busca por justiça pela morte de Poussey (Samira Wiley). Em entrevista à Entertainment Weekly, a atriz falou sobre a relação entre a série e a realidade.
"Estou muito orgulhosa do trabalho que eu, o restante do elenco, a equipe e os escritores fizeram nesta temporada, especialmente porque é paralelo ao mundo em que vivemos. Na verdade, hoje eu fiquei bem irritada, honestamente. Acabei de ouvir as notícias no rádio sobre o caso de Philando Castile e que o oficial foi absolvido. Eu simplesmente acho importante que a série esteja falando sobre as questões que estamos lidando. Agora, estou direcionando boas energias para a família Castile pela sensação de não estarem conseguindo justiça por essa morte sem sentido. É lá que minha cabeça está agora, e isso é um saco porque você conta uma história de ficção por seis ou sete meses, incorporando o que é perder alguém e o que é lutar. Então, esta temporada é lançada e aqui estamos com outra situação em que a justiça não é feita. Então, meu coração está um pouco pesado, para ser honesta."
O caso que Brooks cita é o assassinato de Philando Castile em julho de 2016, quando foi mortalmente baleado pelo policial Jeronimo Yanez após ter sido parado em uma blitz em Minnesota, nos EUA. Castile estava dirigindo um carro com sua namorada, Diamond Reynolds, e a filha de 4 anos dela, foi parado por Yanez e outro oficial, foi questionado pelo policial e, enquanto levantava as mãos, levou vários tiros. Recentemente, o policial acabou de ser absolvido pela Justiça.
"É perverso o funcionamento do sistema. Foi um desafio. As pessoas sempre perguntam: 'Como você entrou em personagem? O que você leu ou o que você fez?' Eu apenas assisti os vídeos de Diamond Reynolds falando com repórteres e conversando com todos os canais de notícias. Para mim, era tão parecido com a cena do quinto episódio, quando Taystee não deixa Judy King (Blair Brown) falar por ela. Foi o mesmo que vi acontecer com Reynolds, ela nunca deixou seus advogados falarem por ela."
A atriz também falou sobre a cena que mostra, em um flashback, o momento em que Taystee e Poussey se conheceram. A atriz diz que se emocionou ao ver o roteiro. "Minha primeira reação foi: 'que texto inteligente, parabéns para Lauren Morelli [roteirista].' Quão legal é que eles tenham criado Amanda e McKenzie no primeiro encontro delas? Quão legal é que elas se conheceram na biblioteca? Isso mostrou o núcleo do que é a amizade delas: elas duas realmente estavam lá uma pela outra e não querem nada em troca além de amor, amizade, risos e alegria. Eu acho que você encontra tudo isso naquela cena".
Sobre os rumores de que a série encerrará na sétima temporada, a atriz disse que, ainda que a trama siga, ela deverá se desligar do projeto. "Quem sabe? Temos sete temporadas com certeza. Para ser sincera, não sei se quero interpretar uma presidiária depois disso. Eu não sei se eu quero fazer isso porque eu tenho muito em mim e muito que eu quero compartilhar com o mundo, personagens diferentes que eu quero poder trazer à vida. Depois das sete temporadas, acho que pode ser hora de eu abrir minhas asas, mas não quero falar muito rápido sobre isso".
O quinto ano de Orange is the New Black está no catálogo da Netflix desde 9 de junho.
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