"Foi extremamente difícil", diz o roteirista sobre a cena na edição 167
Para quem se ressente com as mortes que ocorrem ao longo de The Walking Dead, o roteirista Robert Kirkman diz que também sofre quando precisa tomar essas decisões. É o que ele diz em entrevista ao CBR sobre o fatídico evento narrado na edição 167. O texto abaixo contém spoilers do personagem recém-morto.
A morte de Andrea já era sugerida desde março e enfim ocorreu na edição de maio. Embora tenha durado pouco na série de TV, ela é a personagem mais longeva da HQ ao lado de Rick e Carl. Kirkman trocou a tradicional seção de cartas ao final da edição por uma carta pessoal que ele escreveu, endereçada aos leitores, para falar do peso da decisão.
Na entrevista, ele diz que já havia tomado essa decisão há algum tempo. "Eu até cheguei a dar pistas disso na seção de cartas algumas vezes, porque achei que isso seria engraçado. E foi estranho, mesmo sabendo há algum tempo o que aconteceria, ter que sentar e escrever de fato aquela cena [da morte de Andrea]. Foi extremamente difícil", diz o roteirista.
"Para mim, Andrea foi uma das personagens que mais evoluiu. A pessoa que ela é no momento da morte é vastamente diferente da pessoa quando a série começou. Esse tipo de coisa me atinge de um jeito duro, porque eu vejo todo o crescimento da personagem, e isso está chegando ao fim. Não faz sentido [o luto] porque não é uma pessoa real, mas saber que a história deles está chegando fim me deixa mal. Essa foi bem difícil. Eu não achei que seria tanto, e foi por isso que escrevi a carta. Achei importante que os leitores soubessem que, por mais que eles pudessem se aborrecer com essas histórias, eu me sinto incomodado também", diz.
"Não entendo por que faço isso! Porque eu poderia simplesmente parar, fazer tudo megafeliz. Mas é um fardo divertido de carregar, eu acho", completa Kirkman.
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