Dunkirk: A História Real Por Trás do Filme chega neste mês ao país
Christopher Nolan tornou-se um dos maiores diretores da atualidade graças ao seu trabalho em Batman: O Cavaleiro das Trevas, Origem e Interestelar. A expectativa era alta em torno do seu próximo filme e muitos acreditavam que seria mais uma ficção, mas o diretor, desta vez, decidiu trabalhar com a realidade e baseou seu longa em uma das batalhas menos conhecidas da Segunda Guerra Mundial: Dunkirk.
O momento foca em 300 mil soldados das forças Aliadas que ficaram presos nas praias do litoral da França cercados pelo exército alemão e sofrendo ataques constantes da Luffwafe, a força aérea de Hitler. Para passar realidade, o cineasta contou com a ajuda de Joshua Levine, historiador especialista em guerras que supervisionou a produção e lançou neste mês no Brasil Dunkirk: A História Real Por Trás do Filme, livro que detalha a batalha e foi lançado no país pela Editora HarperCollins.
A publicação conta com entrevistas de sobreviventes e mostra detalhes ainda mais relevantes da história que encantou Nolan. Juntamente com o autor, o cineasta encontrou veteranos afim de entender melhor os sentimentos durante a guerra e pautou seu filme nas experiências da maioria dos entrevistados. “Foi muito informativo perguntar qual era a interpretação deles do Espírito de Dunkirk, porque há versões tão diferentes. Três interpretações muito distintas, como eu me lembro. Para um, eram os navios pequenos que representavam a ideia do Espírito de Dunkirk. Para outro, era... não consigo lembrar as palavras que ele usou, mas disse que era tudo besteira. E então a esposa do último homem com quem estávamos conversando relacionou com as pessoas que ficaram para trás”, explicou em entrevista publicada no livro.
Um dos casos foi o que mais prendeu atenção do cineasta: um homem que revelou que estava preocupado apenas consigo mesmo. Ele indicou para Nolan um caminho que o diretor ainda não havia considerado, pois o veterano passou por experiências pelas quais não se orgulhava, mas sentia que seguiam a norma caótica da situação. “Para mim toda a relação entre Alex, Tommy e Gibson foi isso. O objetivo não é julgar as pessoas. Eu senti que havia uma janela que se abriu na privacidade daquela experiência subjetiva”, afirmou.
Quanto mais se aprofundou na história, mais ele se impressionava e não conseguia entender porque a história nunca havia sido adaptada para o cinema. Depois de muita conversa com Emma Thomas, produtora do longa, chegou a conclusão que muitos viam essa batalha como uma derrota. Porém, para ele, a luta significava muito mais. “Eu não vejo como um filme de guerra. Eu vejo como uma história de sobrevivência. É por isso que não vemos os alemães [no filme] e é abordado do ponto de vista da mecânica pura da sobrevivência em vez da política ou do combate corpo a corpo”, completou.
O livro completa o filme e mostra ainda mais detalhes da história, mostrando mapas, fotos de bastidores e também da época da produção. A batalha, descrita pelo primeiro ministro britânico Winston Churchill como um milagre, ganha um relato dramático no livro de Levine e a publicação mostra como Nolan construiu seu filme.
O longa estreia no dia 27 de julho no Brasil. O elenco tem nomes como Tom Hardy, Cillian Murphy, Mark Rylance, Kenneth Branagh, entre outros.
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