Ganhador do Oscar deu uma aula sobre atuação no Festival de Cannes
Última das quatro concorridas masterclasses do 71º Festival de Cannes, a aula de Gary Oldman sobre atuação começou coladinha com a projeção do filme mais esperado dia: The Man Who Killed Don Quixote, que, por seu histórico de dificuldades de realização, virou um ímã de atenções no balneário. Assim que seus créditos finais subiram, uma multidão de jornalistas saiu correndo, esbaforida, pelos corredores do Palais des Festivals, para se estapear por um lugar na fila para a palestra do sexagenário astro inglês que foi o Comissário Gordon na trilogia Batman, de Christopher Nolan, e Sirius Black na franquia Harry Potter.
Em sua chegada, Oldman foi ovacionado por cinco minutos, por 450 pessoas de pé. Antes de sua fala, Cannes projetou um clipe com o melhor de sua carreira, com destaque para seu desempenho como Winstin Churchill em O Destino de uma Nação, pelo qual ele ganhou o Oscar, em março.
"Sempre que jovens atores me pedem um conselho, eu digo: 'Cheguem ao set ou ao teatro cedo e com as falas decoradas. Quando eu decidi ser ator, fui fazer um teste para a Royal Company. Era o meu primeiro teste. Disseram que eu deveria escolher outra profissão. Mas eu insisti", disse Oldman, que volta às telas em outubro no thriller Hunter Killer. "O melhor papel da minha carreira ainda está para chegar. É comum até eu mudar de canal quando ligo a TV e passa um filme comigo. Não é por vergonha. É um sentimento de estar diante de algo que já passou, que virou história na minha vida".
Em 1997, Oldman concorreu à Palma de Ouro com o único longa que dirigiu: Violento e Profano. Mas tem novos projetos para dirigir pela frente. "Fazer arte demanda esforço e empenho", diz ele, que se encantou pelo ofício de atuar ao ver na TV o trabalho de Malcolm McDowell em The Raging Moon, de Bryan Forbes. "A vulnerabilidade que transparece no olhar é o que te faz gostar de um ator".
Cannes termina neste sábado (19) com a entrega da Palma de Ouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário