sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Cyberpunk 2077 | Veja tudo o que se sabe sobre esse novo universo dos games

O conceito por dentro desse mundo, o grande e futuro título da CD Projekt RED



Após seis longos anos de desenvolvimento, Cyberpunk 2077 finalmente ganhou seu primeiro gameplay e elevou o hype cibernético de muita gente! E nós da equipe XP admitimos que estamos juntos com essa galera.

O vídeo revelou e comprovou muita coisa que já sabíamos sobre o jogo, conseguiu impressionar e empolgar com nada menos do que 48 minutos de demonstração. Já podemos dizer que sabemos muito sobre o novo projeto da CD Projekt RED, então decidimos reunir as informações mais significativas que foram reveladas até hoje. Com base no gameplay que foi divulgado recentemente, vamos relembrar o que os desenvolvedores já tinham anunciado em entrevistas e painéis por aí. Então prepare sua rede neural (porque é realmente muita coisa) e bora lá!

Cyberpunk 2077 - Conceito

Cyberpunk 2077 é o próximo jogo do estúdio polonês CD Projekt RED, responsável pela franquia The Witcher. Essa é a primeira vez que os poloneses exploram terras além do universo protagonizado por Geralt de Rívia, o que por si só já deixa muitos fãs curiosos pelo que está por vir.

Ele é baseado no RPG de mesa Cyberpunk 2020, criado por Mike Pondsmith em 1988, que foi um dos primeiros a explorar a ambientação cyberpunk nesse estilo de jogo. Desde o início de seu desenvolvimento, o título prometeu integrar personagens, mecânicas e ambientes do original em sua história e jogabilidade de forma fiel — o que, após a revelação do gameplay, foi confirmado.

A proposta básica de CB2077 é colocar o jogador na pele de V, que será totalmente personalizável desde seu gênero até aparência, e vive em um mundo futurístico que foi destruído por guerras, abuso da natureza, extrema poluição, exagero de tecnologia e caos social, e que agora é controlado por megacorporações. Com este cenário, o game vai explorar universo sombrio, cruel e cruamente realista que não vai economizar na violência e no gore.

Resumidamente, Cyberpunk 2077 é um RPG focado em sua narrativa que explora elementos básicos de FPS — como a visão em primeira pessoa –, mas não confunda seu principal gênero: sua veia mais forte é aquele clássico RPGzão que vai arrancar horas de seu dia com side quests imensas e uma porrada de coisas para você personalizar.

E assim como The Witcher 3, ele não terá microtransações — apenas expansões gratuitas posteriormente — e será livre de DRM na versão para PC.


Mundo aberto e sistema de escolhas

A história do game é localizada em Night City — cidade fictícia inspirada em São Francisco e Los Angeles — que é dividida em seis distritos, são elas:

Watson: um centro corporativo abandonado e decadente que foi mostrado no gameplay, sendo altamente influenciado pela cultura japonesa e populada por imigrantes que comandam bazares contrabandistas e mercadinhos escondidos.
Pacifica: sendo conhecida como Zona de Combate, é a área mais perigosa e pobre da cidade devido às atividades ilegais de gangues.
City Centre: é dominada pelas megacorporações e conhecida como a “área luxuosa” de Night City.
Westbrook: é o distrito onde os ricos torram seu dinheiro, sendo uma espécie de playground para quem puder pagar.
Heywood: é um distrito residencial imenso que sofre com problemas das gangues perigosas.
Santo Domingo: onde ficam as usinas de energia, fábricas e indústrias que abastecem toda a Night City.
No mundo aberto, a cidade é viva — com centenas de NPCs interativos espalhados e até propagandas que te levam até suas lojas — e existe um ciclo de dia e noite. No vídeo, os ambientes destrutíveis que foram prometidos pelos desenvolvedores são exibidos: paredes e colunas desmoronam se recebem uma grande leva de balas.

Você poderá se relacionar romanticamente com o NPC que quiser, e todos eles têm um nível de ameaça, e, assim como The Witcher 3, alguns são tão poderosos que pontos de interrogação aparecem no lugar de números.

Também pudemos ter uma noção de quão gigantesco é o universo do jogo: repare que vimos V em diversos lugares e aquilo era apenas o início de uma quest.

Tomando como principal base os DLCs de The Witcher 3, a CD Projekt quer que CB2077 force os jogadores a tomarem decisões difíceis muitas vezes em uma única missão — e não apenas escolha como começar ou finalizar o arco específico –, vimos isso no gameplay quando era possível sacar uma arma no meio da discussão, e os NPCs mudarem completamente seu comportamento por causa disso.

Além disso, você pode resolver os problemas na porrada ou na lábia de V, mas lembre-se: tudo o que você fizer e todos os seus fracassos nas quests vão afetar e alterar completamente o rumo da história principal. Então, escolha com cuidado!

Cyberpunk também não terá telas de carregamento, assim como The Witcher 3, para ajudar na imersão do jogador.


Personalização

Todo título que tem o gênero RPG em sua estrutura base precisa de três coisinhas básicas: sistema de classes, status e personalização de personagem. Aqui, são três classes existentes, mas você não vai escolher: a sua será fluida através de suas escolhas. Veja quais são elas:

Netrunner: são hackers com um sistema de interface cibernético implantado em alguma parte de seus corpos.
Techie: são técnicos e especialistas em tecnologia cibernética que trabalham ilegalmente.
Solo: são mercenários e assassinos de aluguel poderosos e perigosos, que quase sempre nunca sofrem nenhum dano.
Em Cyberpunk 2020, são oito classes existentes que provavelmente estarão no game, mas que não influenciarão diretamente seu personagem — note que o Rockerboy Johnny Silverhand do RPG de mesa é mencionado algumas vezes no gameplay e parece ser importante para a história.

Além disso, há também o status, que está interligado às classes. No vídeo, vimos que algumas são “Strength”, “Tech”, “Intelligence”, “Cool” e por aí vai. Ainda não foi revelado se será possível usar itens para aumentar um status específico, mas é provável que esse sistema se baseie principalmente nas escolhas dos jogadores nas missões e no visual de V.

E é aí que a coisa fica interessante: a personalização do personagem vai além de só alterar seu visual, ela afeta diretamente o gameplay. Use uma jaqueta para agradar os Netrunner, mas lembre que isso fará você ser mal visto pelas outras sete classes.


Upgrades

Se você é gamer, certamente já reclamou que a interface de algum jogo era muito poluída ou que tinha poucas informações. Aqui, no entanto, isso não será problema. Para modificar o HUD, o jogador deverá alterar as configurações do próprio personagem, com implantações nos olhos ou nas mãos, que também servem como upgrades destas partes.

Essas modificações corporais são feitas pelos Ripperdocs, que são médicos ilegais e contrabandistas (pudemos conhecer um deles no gameplay). Alguns upgrades já foram revelados — como um scanner, recurso de zoom, taxa de dano causado e até os pontos fracos de um NPC –, mas ainda tem inúmeros outros que ainda não foram revelados.

Carros também têm interface, mas parece que eles não têm utilidade além de mostrar sua velocidade e coisas relacionadas. Eles podem ser pilotados em primeira ou terceira pessoa, e, infelizmente, os desenvolvedores já afirmaram que não vamos poder fazer nossos rolês com os veículos voadores.

Vale destacar que as interfaces devem seguir um padrão limpo, como mostrado no vídeo, com as informações nos cantos da tela para não atrapalhar a imersão do jogador. E lembre-se que tudo isso é opcional, se você quiser jogar sem nenhum HUD, teria essa liberdade.


Jogabilidade e recursos

Liberdade é uma das características mais fortes de CB2077, e o jogador poderá escolher qual será seu modus operandi. Você pode dar uma de Rambo ou optar pelo stealth, hackear equipamentos tecnológicos e chips implantados nos NPCs e até utilizar recursos para ajudar no combate.

No gameplay, vimos três desses: o dash, um salto impulsionado e outro que desacelera o tempo. Ele foi ativado quando o jogador injetou um airhypo (o “air hypodermic”, como é chamado em Cyberpunk 2020), que é uma espécie de inalador. Só não sabemos se vamos precisar estocá-los ou se eles serão injetados com base em uma quantidade de “mana”. E não podemos deixar de comentar que estamos muito animados para hackear e controlar robôs e androides.


Arsenal

A CD Projekt quer aproveitar do futurismo das armas da Trauma Team e Militech, as megacorporações do jogo. Nós vimos um pouco disso com o sistema de ricochetear as balas na parede para atingir um inimigo que está atrás de obstáculos.

Também vimos um arsenal vazio no gameplay, que revelou que teremos espadas e katanas e, no mínimo, quatro slots para carregar as armas — pelo menos, por enquanto.

Já foram três tipos de armas mostrados: as de poder, de tecnologia e de inteligência. Ainda não sabemos o que cada uma pode fazer, mas, provavelmente, elas serão mais eficazes contra inimigos específicos.

Parece que o airhypo, desenvolvido pela Trauma Team (TT para os íntimos), também será o principal meio de cura. No vídeo, V aplica um deles na mulher que está inconsciente na banheira, que é uma cliente premium da TT. Ainda não foi revelado se terá outros meios para restaurar o HP da personagem.


Os gráficos

Eu sempre defendi e sempre vou defender que gráficos não fazem de um jogo automaticamente bom. Mas é inevitável não falar do visual impressionante de Cyberpunk 2077. O universo cyberpunk sempre foi representado em filmes e séries com um visual escuro, quebrado por cores neon.

Mas aqui, vemos este universo em plena luz do dia, exibindo cores fortes e tecnologias engenhosas. E tudo impressiona: desde os detalhes coloridos e bizarros das roupas até as texturas realistas e o motion blur dos momentos mais agitados.

A fluidez dos movimentos é extremamente natural e realista — note os movimentos corporais da mulher inconsciente quando V a tira da banheira. Tudo está sendo feito minuciosamente para a imersão do jogador.

E o melhor de tudo é que já foi confirmado que CB2077, mesmo com um visual tão avassalador, será lançado para a geração atual de consoles.


Um grande projeto em desenvolvimento

Tudo o que vimos de Cyberpunk 2077 até aqui é de deixar qualquer jogador curioso para ver o resultado final, mas vale reforçar que o jogo ainda está sendo desenvolvido (apenas sua história está completa e jogável), e se você tem um pouco de noção de como funciona o desenvolvimento de games, sabe que a versão finalizada não será exatamente como vimos no gameplay. Vale ressaltar também que MUITA coisa do título foi retirada de Cyberpunk 2020, exatamente como está nos livros do RPG de mesa, e que Ciri, de The Witcher 3, não aparecerá nesse universo.

E, com mudanças drásticas ou não, tudo o que foi revelado até aqui é muito promissor e promete ser uma experiência única para os jogadores que estão tão ansiosos para explorar Night City quanto nós!

Cyberpunk 2077 foi anunciado em 2012 e, em uma entrevista antiga, a CD Projekt RED prometeu lançar o jogo antes de 2019. O game chega para PlayStation 4, Xbox One e PC.

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