"A energia que ele trazia, especialmente na idade em que estava, era impressionante"
Durante a sessão especial de Vingadores: Guerra Infinita com o Collider, os diretores Joe e Anthony Russo falaram sobre como era ter Stan Lee no set:
"Quando ele estava no set éramos como crianças. Apenas de ouvir a voz dele, crescemos vendo o desenho do Homem-Aranha, são coisas que são muito importante para nós criativamente. Então era uma alegria e ele era alguém muito divertido de se ter no set. Toda vez que ele vinha a equipe se animava. Parte da diversão de sentar na sala de roteiristas comento donuts e gritando uns com os outros pelas melhores cenas era descobrir qual seria a participação especial de Stan", conta Joe Russo. Ao que Anthony completa: "Quando ele chegava no set era exuberante. A energia que ele trazia, especialmente na idade em que estava, era impressionante. Você podia ver que ele amava estar lá. Isso o animava. E como Joe disse, ele animava todos em torno dele. Ele era o tipo de cara que sempre queria mais falas, sempre queria fazer mais, o que é fantástico. Foi uma grande lição que, mesmo nesses momentos pequenos, ele estava dando o máximo que podia. Tirando o máximo de proveito no momento. Acho que isso era parte do que o tornava tão especial".
Stanley Martin Lieber nasceu em Nova York no dia 22 de dezembro de 1922. Filho de imigrantes judeus da Romênia, Lee cresceu sonhando em escrever “O Grande Romance Americano”, denominação que se dá para os clássicos imortais da literatura dos EUA. Na adolescência, trabalhou escrevendo obituários para uma agência de notícias da cidade e releases de imprensa para o Centro Nacional da Tuberculose.
Sua carreira nos quadrinhos começou em 1939, quando ele conseguiu um emprego como assistente de escritório na Timely Comics, editora que publicava HQ's e histórias pulp. Na época, suas funções eram banais: ele tinha de repor vidros de nanquim para os artistas e apagar esboços de páginas finalizadas. Em 1941, veio a primeira oportunidade de Lee escrever algo para um quadrinho: o texto de abertura de Capitão América #3.
Martin Goodman, editor da Timely na época, ficou fascinado com as habilidades de Lee e deu a ele a chance de escrever o roteiro de uma HQ que seria lançada em caso de um buraco no cronograma da editora. E então surgiu Headline Hunter, o Correspondente Internacional. Nos anos seguintes, Stan precisou se afastar da Timely por conta da Segunda Guerra Mundial - ele voltaria a trabalhar na empresa somente no final dos anos 50.
Em 1960, a DC estava liderando as vendas de quadrinhos com o Flash e a Liga da Justiça. Goodman então pediu para que Stan criasse um grupo de super-heróis ao lado de Jack Kirby. Os dois conceberam o Quarteto Fantástico em 1961, que logo passou a ser um sucesso de vendas, recebendo diversos elogios do público. Nesse mesmo ano, a Timely passou por um processo de reformulação de marcas e foi rebatizada com o nome que todos conhecemos: Marvel Comics.
Nos anos seguintes, Stan Lee idealizou diversos personagens que se tornaram peças fundamentais da cultura pop em geral e tudo o que amamos e consideramos "nerd", responsáveis pela grande "experiência" e criação do próprio site em que visita. Simplesmente, por ter realizado ao lado dos melhores artistas que estiveram nesse mundo, a criação do Quarteto Fantástico, Homem-Aranha, X-Men, Doutor Estranho, Hulk, Homem de Ferro, Thor e os Vingadores.
Além de definir completamente a indústria criativamente, Stan mudou a forma como o público encarava os quadrinhos, criando um senso de comunidade entre os fãs e interagindo diretamente com eles através da coluna Stan’s Soapbox.
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