Bruce Wayne enlouqueceu completamente?

A DC Comics deu início a uma nova fase do Batman nos quadrinhos, que trouxe de volta algumas polêmicas sobre o passado de Bruce Wayne que já virou grande discussão entre os fãs.
Além da tragédia de infância com seus pais, recentemente nas HQ’s Bruce perdeu seu fiel mordomo e pai adotivo Alfred, vítima do vilão Bane.
Desde 2019, durante o arco de Tom King, Alfred permanece morto pela DC, que vem explorando essa nova tragédia na vida de Bruce e como ela o afeta psicologicamente.
Agora, chegamos a fase de Matt Fraction e Jorge Jimenez, que teve sua primeira edição publicada esta semana nos Estados Unidos.
O autor deu continuidade a essa tragédia dessa vez trazendo o Alfred de volta como um ser imaterial que conversa com Bruce. O retorno imediatamente gerou inúmeras especulações, com os leitores acreditando se tratar de um holograma, ou até mesmo uma IA, mas ao que parece Alfred se manifestou de outra forma inesperada. Fraction explicou:
- “Ele é um grilo falante no ombro do Batman, um espelho, um trampolim, uma longa agulha brilhante para o seu balão mais sombrio. E ele não é um holograma de IA? de jeito nenhum. Ele não é nenhuma dessas coisas. E nunca será. Então… não é IA! Não é um holograma!”
A resposta para isso pode estar escondida já em Batman #1, que começa a abordar o tema de doenças da mente do Batman.
Na história, o Batman precisa encontrar o Crocodilo, que fugiu do Asilo Arkham, mas ao ser exposto a toxinas regrediu a um estado anterior mais infantil e menos violento. Crododilo não é mais o monstro que conhecíamos, e sim uma ser sem consciência dos seus atos, que não tem controle sobre a própria força.
Todos esforços do Batman em usar força contra o Crocodilo não funcionam, e a situação se intensifica piorando ainda mais. E quando parece que tudo não pode piorar, é nesse momento que Alfred se manifesta e lembra Batman que o vilão se tornou apenas uma criança confusa, assim como ele já foi um dia.
Ouvindo as orientações de Alfred, Batman decide tirar a máscara e tentar conversar com Crocodilo de uma forma que ele acalme sua mente até a chegada da Dra. Zeller, nova personagem que ao que parece será importante nesse novo arco. A doutora consegue parar Crocodilo, que entende o seu estado atual e aceita voltar para o Arkham continuar seu tratamento.
A partir disso, temos a despedida de Crocodilo que pergunta a Batman:
- “Casa, agora. Ela ajudar. Quem ajuda você?”
O Cavaleiro das Trevas responde:
- “Minha cabeça está boa, Waylon. Não preciso de ajuda”.
O Crocodilo, então, completa dizendo:
- “Se você diz”.
Com o tom dado a situação e diálogo na cena, fica um tanto implícito que pode haver algo de errado com o Batman, talvez ainda mais profundo do que imaginávamos. Seria possível que esses problemas internos não tratados de Bruce Wayne tenham feito sua mente criar uma manifestação de Alfred como um mecanismo de defesa, ou simplesmente algum tipo de distúrbio desenvolvido com tantos traumas.
Fica a questão: O Batman possui transtorno dissociativo de identidade ou esquizofrenia? As próximas edições da fase de Matt Fraction e Jorge Jimenez trarão a resposta.
Batman #1, de Matt Fraction e Jorge Jimenez, ainda não tem previsão para chegar ao Brasil pela Panini.



